Você sabia que dentro do nosso cérebro existem três áreas diferentes que são responsáveis pelo nosso comportamento?
Segundo o neurocientista Paul D.MacLean, em seu livro “The Triune Brain in Evolution: Role in Paleocerebral Functions” , a Teoria do Cérebro Trino, explica que dentro do nosso cérebro possuem “três cérebros” interdependentes, porém distintos, responsáveis pelo comportamento humano, que são: o Reptiliano, o Límbico (ou Emocional) e o Neocórtex. Eles são ativados de acordo com as situações e contextos que vivemos – e isso afeta diretamente na qualidade dos nossos relacionamentos. Veja por quê.
O cérebro Reptiliano
Alguma vez você já percebeu o seu estado emocional mudar repentinamente diante uma crítica negativa? É mais do que comum, por instinto de sobrevivência, reagirmos justificando, rebatendo, ou até culpando terceiros. Por que?
Quando estímulos externos ativam diretamente esta área responsável pelo nosso instinto de sobrevivência o organismo se sente ameaçado e se mune de proteção, respondendo de maneira automática (rebatendo, muitas vezes), sem pensar se a crítica faz sentido ou não. Esta área age como um mecanismo de defesa – a chamada “luta ou fuga”.
A dica é: para que haja harmonia nos relacionamentos, devemos sempre suavizar a conversa (tanto para quem faz, quanto para quem recebe a crítica), dando um tempo para as outras áreas do cérebro interagirem e o comportamento ser mais assertivo – você pode respirar, usar palavras que suavizem a conversa, até chegar na crítica em si (expondo a sua boa intenção). O segredo é dar um “tempo para a cabeça”, antes de reagir. A conversa pode ser muito mais qualificada e podemos ter resultados muito melhores. Continue lendo…
O cérebro Límbico (ou Emocional)
Esta área do cérebro é onde as pessoas se conectam (vou falar muito disso) com empatia umas pelas outras. É onde, combinada com uma boa comunicação (vinda do neocórtex), a compaixão surge e o entendimento acontece. Se você permitir, será o momento em que a escuta se tornará verdadeira . Um bom relacionamento se estabelece quando conseguimos observar a necessidade – e a real intenção da pessoa – em cada comportamento.
Pense bem: entre o que eu quero falar -> o que eu falo -> o que a pessoa escuta -> e o que a pessoa interpreta do que ela escuta, dá uma boa distância, não?! Pois então, é aí onde as distorções acontecem e os desentendimentos aparecem. Porém, também pode ser onde está o pulo do gato. Quando o cérebro emocional se comunica com o neocórtex, a conversa pode ser muito diferente. Veja só…
O cérebro Neocórtex
Este corresponde ao cérebro racional, que analisa, reflete, organiza as idéias antes de agir, planeja, entre outras capacidades. A única questão é que ele é mais lento, a informação precisa passar pelos dois cérebros antes de chegar nele. Aqui é onde alcançamos o popular “controle emocional” para agir de maneira qualificada.
Concluindo…
Não é o que você fala, mas como você fala que impactará na qualidade dos seus relacionamentos.
Para você que tem dificuldade de se comunicar de maneira assertiva e vive muitos conflitos por conta disso, este artigo serve para entender que a emoção a gente não controla, mas o comportamento sim. E o mais importante é você dar o tempo necessário da informação ser processada até o final – respirando fundo e criando estratégias – para aí então, agir.
Sou suspeita, mas a psicoterapia trabalha justamente nisso. É crucial numa comunicação de qualidade a gente saber usar o nosso Neocórtex ao nosso favor e ter harmonia nos relacionamentos. Chamo isso de Inteligência Emocional (clique aqui e veja o curso).
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Isabella Kobbaz
Life Coach e Psicóloga CRP: 08/22248